sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Delegada confirma que Adriana foi enterrada viva e suspeito confessou crime



Em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (25), a delegada titular da 145ª Delegacia de Polícia de São João da Barra, Madeleine Farias (foto), afirmou que Fernando Faria Negrin, de 42 anos, confessou ter matado a funcionária pública Adriana Silva Aguiar em Grussaí, no dia 4 de outubro. Segundo a delegada, Fernando teria estrangulado a vítima após ter relação sexual com Adriana. Madeleine Farias, também informou que o laudo do Instituto Médico Legal (IML)confirmou que Adriana teria  sido enterrada ainda com vida, pois em seus pulmões e  traqueia tinham areia.

No depoimento, segundo a polícia, Fernando confessou o crime e disse que atraiu a vítima para Grussaí prometendo ajudá-la a levar em alguns comércios que vendia material de construção com bom preço, já que a vítima pretendia construir na praia.

Ainda de acordo com a delegada, no depoimento, Fernando contou em detalhes como ocorreu o crime. “Após ter relação sexual com a vítima, ele quis ir embora e ela queria ficar. Foi quando teria começado uma discussão seguida de agressão física. Madeleine contou que “Fernando teria dito à vítima que é casado e não podia mantê-la na casa. Prosseguindo a briga ele teria a estrangulado e vendo que ela estava morta, após vomitar muito sangue, teria entrado em desespero e em seguida a enterrou em uma cova rasa no quintal da casa em Grussaí, voltando para Italva”.

Percebendo a repercussão do caso em Italva e em Campos, no dia 08/10, inclusive com participação investigativa da polícia, Fernando teria retornado a casa em Grussaí e cavou uma cova mais profunda, de aproximadamente um metro e meio e desenterrou e enterrou o corpo novamente. No mesmo dia a polícia chegou ao local do crime e encontrou o corpo.

No final do depoimento Fernando passou mal e foi levado de volta ao Hospital Ferreira Machado e segundo a delegada Madeleine Farias, ainda não se sabe quando o suspeito será levado para a prisão.


RELEMBRE O CASO



A funcionária pública da prefeitura de Italva, Adriana da Silva Aguiar, moradora do município de Cardoso Moreira desapareceu no dia 04 de outubro, quando saiu pela manhã para trabalhar e não retornou mais para casa.

Adriana era divorciada, tinha um filho de 12 anos e foi vista pela última vez no ponto de ônibus, quando ia para o trabalho.

Onze dias depois, com as investigações sobre o desaparecimento já iniciadas, o delegado titular da delegacia de Italva, Maurício Barros, determinou que dois inspetores levassem Fernando à residência de veraneio dele, que estava em construção em Grussaí.

Chegando no local, já com o apoio de inspetores civis de São João da Barra, Fernando aparentava tranquilidade. Do portão já era possível sentir um forte odor e o grupo se dirigiu ao fundo do quintal, onde ficava uma fossa. Percebendo a desconfiança dos policiais, Fernando se dirigiu a cozinha para pegar uma pá e escavar a área, mas acabou cortando o pescoço com uma faca. O socorro foi chamado e o suspeito levado para o Hospital Ferreira Machado (HFM), em Campos.

Com o auxílio de uma retroescavadeira o quintal foi escavado e o corpo foi encontrado em avançado estado de decomposição, enterrado abaixo do alicerce do último cômodo da casa, em construção.

No Instituto Médico Legal (IML) vestígios de areia, encontrados nas vias respiratórias de Adriana indicaram que a vítima foi enterrada ainda com vida. Devido ao avançado estágio de decomposição o dentista foi acionado para fazer o reconhecimento da arcada dentária e confirmar a identidade de Adriana.

O sepultamento da servidora pública aconteceu no dia 18 de outubro, marcado por choro, revolta e incompreensão de parentes e amigos que pediam por justiça.

Informações de Folha da Manhã e Ururau